« Cause I want you, and I feel you, crawling underneath my skin, like a hunger, like a burning, to find the place I've never been, now I'm broken, and I'm fading »

sábado, 21 de abril de 2012

Nem sempre tudo corre como queremos, num segundo damos um suspiro e noutro breve instante já tudo mudou. Aqueles corredores eram percorridos, olhar inquieto, e ao chegar àquele quarto, lágrimas derramadas. Suas mãos estavam geladas e sem reação, eu precisava dele, eu queria ele acordado, apertei-lhe a mão, apertei-lhe muito, beijei até, mas nada o fazia acordar daquele sono interminável. O sofrimento era mútuo, não o queria deixar ir, não já, precisava de ouvir a sua voz, ou apenas ver o seu olhar e poder sorrir-lhe, mas já era tarde demais, não havia nada a fazer. E agora do que vale lamentar-me ? Não o posso trazer de volta, apesar de nem ter bem a noção de que no futuro, quando for a sua casa, não o vou ver a andar sempre de um lado para o outro ou de estar apenas no seu cadeirão, perdi-o. Eu não acredito! Não é possível, eu nem ter tido tempo de me despedir, e o pior, é que nem os meus pedidos foram ouvidos, não teve forças e deixou-se ser levado, não lutou por mim, não lutou pelo Simão. Mas a minha memória por si vai ser sempre relembrada com um sorriso, porque tudo o que fez merece ser relembrado com orgulho. Adoro-te avô, isto é um até já.